O mercado mundial de obras de arte e objetos de herança cultural falsificados é bastante lucrativo e cresce diariamente, impulsionado, principalmente, pelo comércio eletrônico.

Estima-se que 40% de todas as pinturas expostas no mundo sejam falsificações. Além de pinturas, a falsificação de objetos de herança cultural também vem ganhando notoriedade, por exemplo, instrumentos musicais, peças de cerâmica, metal e mobiliários. Da mesma forma, diversos documentos oficiais, como exemplo, testamentos, certidões, certificados e comprovantes são frequentemente falsificados. Sendo assim, como saber se uma pintura, um vaso antigo ou um documento é autêntico? A tarefa não é fácil, já que uma simples inspeção visual permite somente a detecção de falsificações grosseiras.

Neste contexto, esta área visa o desenvolvimento de métodos de análise por meio de ferramentas analíticas como, RAMAN, Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear Unilateral, bem como a Espectrometria de Massas para investigação da autenticidade de obras, objetos e documentos suspeitos de falsificação. Estas análises têm como principal embasamento, informações obtidas sobre os pigmentos, aglutinantes, primers e vernizes utilizados em pinturas nas suas diversas camadas, bem como dados sobre a deterioração do papel e tecidos utilizados, a densidade da madeira de molduras ou objetos antigos, além da umidade presente nestes objetos. Todos estes dados, de maneira conjunta, são capazes de contribuir para análises de autenticidade de obras de arte, documentos e objetos de herança cultural.